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Como os genes se relacionam com um desempenho esportivo

  • Ana Carolina Costa
  • 23 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura


Se preparar para uma maratona requer treinamento intensivo, e o descanso pode acabar sendo deixado de lado por medo de baixar o rendimento. Mas o treino sem intervalo faz com que o corpo tenha mais dificuldade em se adaptar e aumentar a resistência, e também aumenta o risco de lesões.


O descanso permite colocar uma quantidade apropriada de estresse no corpo e, em seguida, recuperar. Assim o organismo se adapta melhor e gradativamente aumenta a quantidade de estresse a cada novo programa, levando a um aumento do desempenho.


Há dois tipos de recuperação, a passiva e a ativa. A ativa é onde ocorre uma redução, seja na frequência, no numero de exercícios ou repetições. Uma abordagem comum é alternar dias difíceis e fáceis, onde a recuperação não é necessariamente um tempo de descanso, o treino continua, mas em um volume e uma frequência mais baixa. É bom que você saiba se possui alterações nos genes ou não, para saber qual deve ser seu tipo de recuperação.


O alto nível de preparo e dedicação dos atletas vem da busca pela alta performance. Por isso, a recuperação é importante para todos os atletas, mas possui uma diferença dependendo da variabilidade genética individual. Há pessoas que apresentam necessidade maior de tempo de recuperação, e outras nem tanto, devido à existência de uma variante nos genes.


Um dos genes que influenciam na capacidade de recuperação é o CHRM2, a alteração nesse gene indica a necessidade de um plano de recuperação pós-exercício. Esse gene está associado com a capacidade de recuperação cardiovascular e possui influencia direta na frequência cardíaca. Pessoas com uma variação nesse gene podem apresentar uma dificuldade maior de recuperação cardiovascular após a realização da atividade física, surgindo assim a necessidade de um treino bem individualizado.


Outro aspecto que esta relacionado a fatores genéticos é a lesão. Variações nos genes MMP3 e COL5A1levam a uma maior predisposição para ocorrência de lesões. Com esse conhecimento é possível realizar um plano preventivo tanto no treino quanto na suplementação individualizada. Cada segundo de descanso não é considerado perda de tempo, mas sim ganho. Pode ser fundamental para a longevidade no esporte para alguns atletas.


Exame indica: BioSport

Referências:

Dupont G, Blondel N, Berthoin S. Performance for short intermittent runs: active recovery vs. passive recovery. Eur J Appl Physiol. 2003 Aug;89(6):548-54.

Midgley AW1, Mc Naughton LR Time at or near VO2max during continuous and intermittent running. A review with special reference to considerations for the optimisation of training protocols to elicit the longest time at or near VO2max. J Sports Med Phys Fitness. 2006 Mar;46(1):1-14.

Stępień-Słodkowska M, Ficek K, Kaczmarczyk M, Maciejewska-Karłowska A, Sawczuk M, Leońska-Duniec A, Stępiński M, Ziętek P, Król P, Chudecka M, Cięszczyk P The Variants Within the COL5A1 Gene are Associated with Reduced Risk of Anterior Cruciate Ligament Injury in Skiers. J Hum Kinet. 2015 Apr 7;45:103-11.

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